Transformando sonhos em realidade
Eu sou a Bia Carvalho do Sua Casa é o Mundo e nossa filosofia de vida nos faz transformar os sonhos em realidade. Dentro dessa perspectiva surgiu o sonho do Ironman 70.3. Talvez pela dificuldade da prova, talvez pela minha dificuldade cardiorrespiratória, talvez por achar que eu deveria ter começado mais nova nos esportes, por terem me dito que eu não conseguiria ou por achar o esporte encantador, mas inatingível para mim. Ainda não tenho uma resposta exata do porque escolhi o Ironman 70.3 como uma meta. O sonho foi se construindo aos poucos e a vontade de concretizar foi crescendo. Tinha vontade de completar essa prova e esse ano (2016) achei que seria um bom ano para enfrentar esse desafio e realizar esse sonho.
Ironman 70.3
A história sobre o surgimento do Triathlon é um tanto quanto controvertida. Há quem diga que nasceu com o Ironman, no Havaí, mas ao que parece o esporte já existia em moldes semelhantes na década de 20 na França e há quem diga que já era praticado desde o século XIX. Porém, o primeiro Triathlon moderno aos moldes do hoje praticado, teve registro em San Diego, Califórnia na década de 70.
Já o surgimento do Ironman se deu em 1978 em Oahu – Havaí, quando 15 homens se reuniram para saber quem eram os atletas em melhor forma entre nadadores, corredores e ciclistas. As distâncias da prova vieram de 3 importantes competições havaianas: a travessia de natação de 3,8km de Waikiki, a corrida ciclística ao redor de Oahu de 180km e a maratona de Honolulu (42.195km). Quem completasse a prova em primeiro lugar seria o “homem de ferro”. Até hoje o Mundial do Ironman é realizado no Havaí na ilha de Kona e é uma competição que é buscada por muitos triatletas.
O Triathlon entrou para as olimpíadas no ano 2000 em Sidney com a distância conhecida como Triathlon olímpico: 1,5km de natação; 40km de ciclismo e 10 km de corrida. Derivada dessa prova existe ainda o short triathlon com a metade das distâncias do olímpico.
O Ironman 70.3 surgiu em 1995 e é uma prova muito popular que atrai diversos triatletas com diferentes objetivos, a distância é a metade da percorrida no Ironman, ou seja, 1,9km de natação, 90km de ciclismo e 21km de corrida.
Fonte: Mundo Tri
Natação
A natação sempre fez parte da minha vida de alguma forma. Quando muito pequena minha mãe colocou a mim e aos meus irmãos para aprender a nadar. Não me lembro de não saber nadar. Fiz natação na piscina por alguns anos competindo e treinando, mas logo que cresci um pouco não quis mais. Mesmo assim, meu contato com o mar foi constante até os meus 28 anos. Entre fins de semana no mar e entradas e saídas de aulas de natação, esse sempre foi um esporte que me encantou. Ano passado resolvi voltar às aulas de natação regulares na piscina com a ideia de melhorar a minha constante rinite e conheci uma equipe muito boa, Bruno Treinos, que treina no mar aos fins de semana. Logo dei um jeitinho de me juntar ao grupo e participei de uma competição no mar completando 2 mil metros em 4º na minha categoria.
Ciclismo
Já com relação a bike posso dizer que não entendo nada! Rs. Pedalei no play do meu prédio, que não tem nem 100m² até os meus 15 anos, depois disso nunca mais subi numa magrela. Algumas poucas aulas de spinning na vida e, de repente, me deparei com uma corrida de aventura. Final de 2014 resolvi correr uma corrida de aventura com o Edinho e uns amigos. Ao me ver subindo numa bicicleta pela primeira vez, nem o Edinho acreditou que eu conseguiria fazer a prova. Mas, me dediquei bastante aos treinos e entre subidas e descidas do Parque da Cidade em Niterói e um treinão até a floresta da Tijuca fui lá e completei a minha corrida. Depois disso apenas algumas voltas na bike pela cidade e nada mais.
Corrida
Quando comecei a me aventurar pelas montanhas e pelos esportes de uma maneira geral uma das primeiras coisas que comecei a fazer foi correr. Correr melhora muito o preparo físico, ajuda a emagrecer e dá muita resistência. Mas, eu definitivamente não era boa nisso. Comecei vencendo o desafio dos 5km que nunca me imaginei correndo e já me senti numa conquista enorme. Aos poucos a corrida se tornou um hábito e quando vi já corria 10km. Dessa evolução surgiu o sonho da ½ maratona, mas que acreditava ser inalcançável também. Ano passado resolvi me dedicar a ela e em julho fiz a ½ maratona do Rio de Janeiro. Sonho realizado da melhor forma para aquele momento.
Construindo o sonho
Quando conheci o Edinho fiquei sabendo mais sobre o triátlon por ser um dos esportes que ele já praticou. Ele sempre contava como tinha sido a sua experiencia no Ironman 70.3 de Pucón e no Iron de Floripa. Desde que nos conhecemos comentei que achava o esporte incrível, mas que era um sonho que não achava que iria concretizar por estar bem longe da minha realidade. Mas, aos poucos fui conhecendo mais pessoas que praticam o triátlon e fui ganhando um melhor preparo físico com os demais esportes que fui praticando e o Edinho como bom incentivador que é nunca me deixou esquecer o sonho do triátlon. E a ideia do Ironman 70.3 ficou ali na minha mente como um projeto que um dia eu queria realizar. .
Ano passado um amigo nosso me ofereceu para ficar com a bike dele enquanto ele passaria uns meses fora do país a trabalho. Não aceitei. Pedalar com a bike de um amigo, enfrentar o desafio de treinos e mais treinos e ainda trabalhar e completar a minha pós-graduação era muito para aquele momento, achei que não estava na hora. Mas, esse ano o sonho voltou mais forte. Já tendo completado a ½ maratona em julho e os 2 mil metros no mar, achei que já estava na hora de começar a pensar nas pedaladas. Mas, esse é um esporte bem caro. Comprar a bike, sapatilha, capacete, fazer todas as adaptações e começar a pedalar, não era um gasto previsto no meu orçamento. Mas, quem tem amigos tem tudo. Novamente o meu amigo estaria com a bicicleta dele disponível sem poder treinar por um bom tempo e novamente me ofereceu para ficar com a bike. Dessa vez resolvi aceitar e no réveillon no Monte Roraima tive a certeza que esse seria o sonho que tentaria concretizar em 2016.
Meu Ironman 70.3
A ideia é fazer o 70.3 do Rio que será em novembro. Para isso comecei na primeira semana de março os meus treinos com a Viviane Costa, minha treinadora, e dei continuidade aos meus treinos na piscina e no mar com o Bruno Treinos. Me inscrevi no triátlon olímpico do Rio que será dia 08 de maio e estou suando a camisa para ir melhorando meu desempenho no esporte.
De 15 em 15 dias eu virei aqui contar um pouco para vocês como estão meus treinos e minha evolução no esporte. A meta é alta, o esforço é grande, mas não me falta força de vontade e coragem para vencer. Para mim o desafio é completar a prova independente de tempo. Quero fazer o meu melhor e chegar até o final dentro do tempo previsto pela organização da prova. Espero que gostem de me acompanhar nesse desafio. Dicas, comentários e apoios serão sempre bem-vindos!
Bons ventos a todos!