Dando continuidade a série de post sobre o Jalapão, Cachoeira do Soninho no Jalapão - Tocantins.
A Cachoeira do Soninho no Jalapão é uma cachoeira que está fora do circuito tradicional de visitação. Na verdade o Rio Soninho apresenta duas quedas d'água, distantes a menos de 1km entre si, que são conhecidos como Cachoeira do Soninho.
O ponto mais distante é uma pequena queda d'água tranquila e compatível com o nome do rio. Onde o banho é prazeroso e seguro, em águas calmas e de temperatura muito agradável. Um local ideal para acampar.
O outro ponto de queda d'água contrasta com o nome do Rio. A água forma um verdadeiro turbilhão penetrando em sumidouros e cânions com muita força. Desaconselhando o banho nessa parte do rio.
Como chegar na Cachoeira do Soninho no Jalapão?
A Cachoeira do Soninho está localizada a aproximadamente 70 km ao sul da cidade de Ponte Alta - TO. Para chegar lá você deve deixar a cidade de Ponte Alta seguindo em direção a Pedra Furada. Após os 17 km de asfalto, na bifurcação vire a esquerda entrando na estrada de terra. Passado os 11 km de estrada de terra, ao invés de entrar a esquerda para a Pedra Furada, permaneça na estrada de terra seguindo na direção geral sul-sudeste.
Próximo ao km 50, na bifurcação siga para a esquerda. Daí em diante, conte 20 km até chegar numa pequena ponte. Essa ponte passa sobre o Rio Soninho e a sua direita estará a cachoeira tranquila para nadar e desfrutar.
Voltando na estrada cerca de 500 metros, você encontrará uma estradinha de também cerca de 500 metros que o levará a Cachoeira mais forte.
Quanto Custa visitar a Cachoeira do Soninho?
A Cachoeira do Soninho no Jalapão é uma atração gratuita.
Nossa Experiência visitando a Cachoeira do Soninho no Jalapão
Como estávamos viajando pelo Jalapão no estilo bikepacking o ideal era passar a noite perto de um curso d'água. Facilita a vida para cozinhar e reabastecer as garrafinhas e mochilas de hidratação para o dia seguinte. Assim, optamos por acampar as margens da Cachoeira do Soninho no ponto que é possível nadar.
Devido alguns contratempos do percurso, chegamos na cachoeira pouco depois do pôr do sol, o que nos possibilitou viver uma sensação incrível de contato com a natureza. Permanecemos na cachoeira cerca de 15 horas e não encontramos ninguém. Nem na estrada passou gente nesse período.
Armamos a barraca as margens do rio e nadamos à noite e de manhã nas suas deliciosas águas. Um fato curioso que aconteceu com a Bia foi que certa hora quando ela foi buscar água o feixe de luz da lanterna de cabeça iluminou dos olhos na outra margem do rio. Sem conseguir ver que animal era e com a lembrança das grandes pegadas que encontramos durante o pedal, nos restou a curiosidade de descobrir que bixo era esse.
A força da água
No outro dia pela manhã, arrumamos as coisas para seguir pedalando e decidimos ir conhecer a outra queda d'água. De longe já ouvíamos o barulho da cachoeira e a vontade de vê-la só ia aumentando. O caminho que liga a cachu à estrada é bem íngreme, deixamos as bikes na estrada e descemos correndo para ter uma grata surpresa.
A água desce forte, chocando-se com as pedras fazendo uma verdadeira dança. A Bia curtiu tanto aquela energia que resolveu praticar um pouco de Yoga enquanto eu fotografava. Sem saber nada de Yoga acabei esticando o esqueleto e fazendo alguns alongamentos para encarar a longa estrada de volta.