A vida da gente não é uma linha reta. Acredito que vivemos sempre entre altos e baixos. Momentos de grande excitação, momentos mais tranquilos, momentos de tristeza e preocupação. Uma das poucas certezas que tenho na vida é que ela muda.
Assim como tudo na vida, os treinos sofrem grande influência dessa mudança. A vontade de conquistar meu objetivo nunca se abala. Mas, já os treinos… Nem sempre temos vontade de treinar, seja numa fase boa ou ruim, nem sempre queremos sentir dor, mas o fato é que existem fases que passamos na vida em que os treinos se tornam especialmente difíceis.
O fato é que estava passando por uma fase assim. Já havia comentado com vocês por aqui. Sou carioca daquelas que não gosta de frio nem de dias nublados. (rs) O volume do pedal estava aumentando e eu precisava de um incentivo a mais.
Diante disso tudo, e depois de muita conversa com o Edinho, achamos que seria bom entrar para uma equipe de triatlhon.
Treinando em uma Equipe de Triathlon
Tem apenas três semanas que comecei na equipe. A primeira semana tive um problema na vista e fui obrigada a ficar a semana toda sem treinar. A semana passada então acabou senda a primeira que cumpri a planilha e essa semana a segunda.
A principal mudança para mim foi o estímulo. É bom saber que tem um grupo que estará treinando junto num determinado local e hora. Esse compromisso com o horário e com o treinador, acaba dando uma forcinha quando a gente não tá tão animada para os treinos.
Um outro fator muito importante, e até mais relevante que o primeiro com relação à performance, é estar com o treinador. Poder realizar os treinos sob os olhos do treinador ajuda muito a corrigir coisas que a gente nem sabe que faz errado. Já no primeiro dia do teste de corrida ele me falou que tinha que ajustar a mecânica dos meus braços para correr melhor. A partir daí a minha corrida já melhorou bastante.
Já com relação a bike, nem se fala. Como sou iniciante na arte de pedalar, ainda me enrolo muito com as marchas. A bike TT ainda é um mistério pra mim. Se eu contar para vocês que meu último treino de bike fiz com a roda da frente semi-freada, vocês acreditam? Pois é. Tentava pedalar de tudo quanto era jeito e a bike não desenvolvia. Subia marcha, descia marcha, olhava daqui e dali e nada. Quase desisti no meio. Mas vi uma galera da equipe que estou treinando chegando na hora que resolvi ir embora. Fiquei sem graça e resolvi continuar treinando. Forcei alguns tiros, a bike, misteriosamente, deixou de travar um pouco e quando encontrei meu treinador ele ajustou as marchas pra mim e tudo fluiu melhor. Ainda estava com a roda semi-travada sem saber, mas por algum motivo já tinha soltado um pouco e fluiu melhor.
Hoje quando comentei com o Edinho e ele viu minha bike, me explicou o que estava acontecendo e meu mundo se abriu.
O fato é que estou gostando de ter essa obrigação nos treinos agora. As vezes as coisas não funcionam do jeito que esperamos na nossa vida. O que era ótimo passa a não nos ajudar. O que nos estimulava, uma hora nos trava. E nesses momentos não podemos ter medo das mudanças. Acredito que temos que aproveitar o melhor de cada fase. Amei treinar sozinha. Amava minha treinadora. Aprendi muitíssimo com ela e sei que ninguém acreditaria em mim como ela acreditou. Me pegou sem saber nem pedalar e me fez correr um triatlhon olímpico em 10 semanas. Me inscrevi no Iron 70.3 com o apoio dela e do Edinho.
Mas, foi preciso mudar, mudar o estímulo, adquirir novos conhecimentos e continuar a luta pelo objetivo final. Serei eternamente grata por cada um que está fazendo parte da construção desse sonho. E, no esporte como na vida, não podemos ter medo. Encarar os desafios e superar as dificuldades é essencial para termos sucesso na transformação dos sonhos em realidade! #vamosquevamos