Transpatagônia - Pumas Não Comem Ciclistas

Transpatagônia – Pumas não comem ciclistas – Livro da Semana

Dados Técnicos

Transpatagônia - Pumas não comem ciclistas

Autor: Guilherme Cavallari

Editora: Kalapalo

Páginas: 335

ISBN: 9788588493127

À venda: direto com o autor e na livraria Saraiva

Transpatagônia - Pumas não comem ciclistas

Durante 180 dias o autor percorreiu sozinho de bicicleta toda a extensão da Patagônia e da Terra do Fogo, no Chile e na Argentina. Foram 6.000 km evitando estradas de asfalto e inúmeras noites acampado. O livro narra encontros inusitados com personagens locais, encontros com pumas, travessias de rios sem ponte e força do clima inóspito. Além disso, o livro traz um profundo questionamento interno, descobertas pessoais e uma vasta pesquisa histórica e literária.

Transpatagônia - Pumas não comem ciclistas

Nota do Edinho

Durante Adventure Sports Fair, interessado pelo assunto cicloviagens fui conhecer o Guilherme Cavallari. Um reconhecido autor de guias de trekking e cicloturismo. Como o próprio se descreve, "autor, editor, distribuidor e entregador da editora Kalapalo". Após uma breve, bem breve, conversa sobre cicloviagem, filosofia de vida e aventuras fiquei ansioso por ler o primeiro livro de narrativa de autoria dele.

Seis meses pedalando pela Patagônica, acampando, explorando alguns trechos a pé e, a todo instante, conectando-se com sua natuteza (exterior e interior). Tudo sozinho, independente e autosuficiente. É uma aventura que certamente rende boas e longas histórias. Muitos livros de aventura/expedições surgem do desejo de compartilhar essas histórias. A grande questão é como contá-las.

Com uma maneira de escrever que me fez devorar o livro, Guilherme mistura dados e descrições da viagem que realizou à impressões da vida, das relações interpessoais e algumas reflexões dele sobre a sociedade. Gostei muito da maneira como ele conta a história dos lugares visitados, os relatos sobre encontros com pessoas desses locais e da maneira como descreve as paisagens. Em diversos momentos me senti de volta à Patagônia. Após uma passagem onde citou Lucas Bridge e a Estância Harberton, sorri sozinho relembrando um engraçado episódio que vivi lá e contei no papo de mochileiro.

Com algumas fotos coloridas de algumas das passagens do autor e vários mapas com os trajetos percorridos, é um livro que pode facilmente servir de "norte" no planejamento de uma trip no extremo sul das Américas. Também me foi útil como sugestão de leituras. Guilherme cita vários autores em sua narrativa. Me percebi por diversas vezes anotando nome de livros para pesquisar e ler.

A leitura de Transpatagônia - Pumas não comem ciclistas é mergulhar numa aventura. Uma aventura de leitura!